A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou nesta terça-feira (6) um alerta preocupante: em alguns países, desigualdades sociais podem tirar até 33 anos da expectativa de vida.
Segundo o Relatório Mundial sobre Determinantes Sociais da Equidade em Saúde, fatores como condições de trabalho ruins, ausência de proteção social e discriminação racial e de gênero estão entre os principais responsáveis por esse cenário.
“A injustiça social mata em grande escala”, destaca a OMS.
Onde a desigualdade mais pesa
- Trabalho informal e mal pago compromete a saúde física e mental de milhões.
- Grupos marginalizados, como mulheres, negros e pessoas com deficiência, ocupam os cargos mais perigosos e com menos proteção.
- Plataformas digitais e automação ampliam a precarização.
- Cadeias globais de produção terceirizam riscos para países com pouca regulamentação.
O relatório destaca esses fatores, mas não aborda com profundidade o papel dos sindicatos, mesmo com evidências de que acordos coletivos promovem mais segurança e equidade.
Desigualdade que adoece e mata
- Crianças em países pobres têm até 13 vezes mais risco de morrer antes dos 5 anos.
- Mulheres indígenas enfrentam até 3 vezes mais risco de morte no parto.
- 3,8 bilhões de pessoas vivem sem proteção social básica.
- Crise climática e dívida pública agravam a pobreza e as desigualdades.
O que a OMS recomenda
- Investir em saúde e educação públicas.
- Enfrentar discriminações no trabalho.
- Regular plataformas digitais.
- Fortalecer sindicatos e negociações coletivas.
Leia o relatório completo da OMS
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