A Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados vai discutir a isenção do Imposto de Renda na fonte para os trabalhadores na distribuição de lucros e resultados (PLR) nas empresas. O presidente da comissão, deputado Airton Faleiro (PT-PA), disse que fará um estudo de impacto do projeto do ex-senador Álvaro Dias (Podemos-PR), que altera a Lei 10.101/2020 e assegura esse tipo de benefício, sob o argumento de dar o mesmo tratamento fiscal aos sócios e acionistas.
O projeto foi aprovado pelo Senado em dezembro do ano passado e aguarda a designação de relator na Comissão de Trabalho da Câmara. O tema foi levantado pelo presidente Lula nas comemorações do 1º de Maio.
— Vamos colocar esse assunto na agenda de prioridades da Comissão. Temos dois caminhos para isentar os trabalhadores na PLR: aproveitar esse projeto que já está adiantado ou propor um novo, dependendo do impacto — disse Faleiro, acrescentando que vai procurar o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para discutir a matéria, nos próximos dias.
Além de acabar com a cobrança do imposto de renda na PLR, o projeto altera outros pontos da legislação relacionados ao assunto. Segundo Faleiro, o texto que veio do Senado teria impacto na arrecadação de R$ 7 bilhões.
Faleiro disse que tomou a decisão de dar prioridade à proposta, após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter dito em pronunciamento em comemoração pelo Dia do Trabalho que os trabalhadores poderão não pagar imposto sobre a PLR no próximo.
— Após a manifestação do presidente Lula, queremos saber como a equipe econômica está pensando — afirmou Faleiro.
Fonte: O Globo
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5 comentários
Já estava na hora dos políticos sancionar esse projeto, pois, o governo arrecada bitributado esses valores, em cima de cobrança de um trabalho obrigatório ( metas). Não cumpridas, é demissão.
Espero que seja aprovado, acho um absurdo pagar I.R. para quem recebe estes programas, PLR, PR, PCR etc…
E também ser cobrado o mesmo percentual de I.R. para aposentado que recebem 1,2,3,4,5 Salários minimos, deveria ser cobrado acima de quem ganha o TETO….
Ótima notícia pra nós trabalhadores,já não era sem tempo chega de achacar o trabalhador.
Esse projeto é de autoria do Álvaro Dias, tramita desde 2019, Senado aprovou em 12/2022. Agora cabe a Câmara fazer a parte dela e os órgãos de comunicação dos sindicatos façam a parte deles de não divulgar notícia antiga como se fosse mérito do governo atual sendo que não é e nem do anterior
Primeiramente tem que obrigar as empresas a pagar Plr, Ppr e aí vai. A empresa CSN já faz anos que não paga Plr e sim um abono que incide IR. Aí é fácil falar que não vão taxar os programas se as empresas não pagam.