O Banco Central informou nesta sexta-feira que o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado prévia do Produto Interno Bruto (PIB), registrou elevação de 0,01% no mês de novembro, depois de três quedas consecutivas. No trimestre, porém, foi registrada uma queda de 0,49%.
Já no acumulado do ano, sem ajustes sazonais, o índice também tem aumento de 2,40%. Em 12 meses, a elevação é de 2,31%.
Economistas consideraram que houve uma surpresa positiva, por um lado, quando levado em consideração o cenário de queda previsto por diversos analistas, que marcaria a terceira retração consecutiva do indicador na série recente e consolidaria o cenário de perda de tração da economia.
Mas o baixo crescimento apresentado fica bem próxima da estabilidade e também foi encarado com certa frustração. Até a metade de 2023, as principais pesquisas setoriais do país no período trouxeram dados bem mais animadores.
— Destaques efetivamente positivos ficaram por conta do setor industrial, ainda que seu crescimento tenha sido impulsionado pela economia internacional, com a indústria extrativa apresentando a maior taxa de crescimento do período, e do mercado de trabalho, que segue operando com baixo nível de desemprego, possibilitando uma projeção levemente mais otimista para o consumo no decorrer dos períodos subsequentes — disse Matheus Pizzani, da CM Capital.
Diante dos números, especialistas acreditam que o PIB final em 2023 ficará abaixo do esperado pelo governo.
— A tendência é que cresça 0,5% em dezembro, ficando em 2,4% o crescimento no ano. Não houve nenhuma revisão significativa na série e no tamanho atual, continua afastado da medida oficial. Ou seja, o PIB pode frustrar as expectativas do governo — afirmou Jason Vieira, economista da MoneYou.
Fonte: O Globo
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