Santander atinge 1 milhão de clientes no microcrédito e quer crescer 30% no ano

— Houve dois principais fatores operacionais de crescimento. Primeiro, aumentamos em 150 o número de cidades atendidas. Além disso, aceleramos a digitalização do processo, permitindo que a entrevista e a liberação do crédito em qualquer banco se dê em até duas horas. Antes, demorávamos dias. Além disso, há todo um cenário macro, com retração do crédito, que estimula a busca pelo microcrédito — diz Alexandre Castelano, executivo do Santander responsável pelo Prospera.

Hoje, o programa é concentrado no Nordeste, onde estão 90% das 1,7 mil cidades atendidas. Mas o Prospera tem aumentando o foco na região Amazônica.

— Vamos concentrar a alocação de agentes de microcrédito por lá. Já estamos agora em todos os estados de região, e vamos colocar pelo menos outros 25 agentes ali nos próximos dois meses — acrescenta.

Outro plano é expandir o programa para o Sudeste. Este semestre, ele vai chegar à região da Grande Belo Horizonte. Até então, o Prospera estava apenas no Norte do estado de Minas Gerais.

— Também temos pouquíssimas pessoas em Rio e São Paulo. No segundo semestre, vamos dar mais foco a expandir nossos números ali. Mas temos mais pressa de chegar ao interior desses estados, não às capitais — diz.

Praticamente todos os clientes do Prospera são pessoas físicas em busca de capital de giro para empreender, como comprar mercadoria para vender. Na média, eles tomam de R$ 2,5 mil a R$ 3 mil junto ao programa.

Agora, o Prospera quer tratar do tema da formalização, que, Castelano admite, nunca havia sido uma prioridade: