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Secretário do MME e presidente do Conselho da Petrobras deve ser indicado para dirigir a ANP

Nomeação de Pietro Mendes para a ANP amplia a influência do governo sobre as agências reguladoras

postado Luany Araújo

O secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia (MME), Pietro Mendes, deve ser indicado pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva para o cargo de diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP).

A escolha já está na Casa Civil da Presidência da República, aguardando apenas a assinatura do presidente para ser enviada ao Congresso Nacional. Os indicados para a diretoria de agências reguladoras precisam ser sabatinados e ter seus nomes aprovados pelo Senado.

Pietro Mendes é atualmente presidente do Conselho de Administração da Petrobras e deverá deixar esse cargo caso seja aprovado pelo Senado.

 

Aumenta a influência do governo nas agências reguladoras

A indicação de Mendes amplia a influência do governo federal em órgãos estratégicos e ocorre em meio a críticas recentes do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, à atuação das agências reguladoras. Silveira tem defendido o fim dos mandatos dessas agências, o que permitiria ao governo demitir e nomear diretores conforme sua conveniência. O ministro deu essas declarações após críticas à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), devido à crise de falta de luz na Grande São Paulo.

Se confirmado, Pietro Mendes vai substituir Rodolfo Henrique de Saboia, indicado ao cargo em 2020 pelo então presidente Jair Bolsonaro, e cujo mandato termina no fim deste ano.

 

Desafios à frente da ANP

Nos próximos anos, o principal foco da ANP será a regulamentação das novas regras para o mercado de gás natural, muitas das quais foram desenhadas pelo próprio Mendes no MME. Um decreto recente ampliou os poderes da agência sobre o setor, permitindo, por exemplo, que a ANP regule tarifas de escoamento e tratamento de gás, além de incentivar mudanças no uso da reinjeção de gás nos poços.

Se aprovado, Mendes terá a responsabilidade de conduzir a implementação dessas novas regras, o que incluirá negociar com as petroleiras para aderirem às medidas de redução da reinjeção de gás nos novos e antigos projetos.

Fonte: Exame.

www.conte.org.br

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