O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que bancos vão entregar um estudo ao governo e ao Banco Central (BC) de como reduzir o nível de juros do cartão de crédito rotativo. A declaração foi dada nesta segunda-feira (17) após o ministro se reunir com CEOs de bancos e representantes do setor.
O ministro também afirmou que nesta reunião foi estudado o modelo atual e a compreensão dos problemas enfrentados. “Eles vão entregar um cronograma de apresentação de um estudo [para juros do rotativo]. Eu pedi celeridade, pediram para envolver o BC porque tem a regulamentação do produto”, afirmou Haddad.
Juros rotativos são aqueles cobrados quando o consumidor não faz o pagamento integral da fatura do cartão de crédito. Assim, o banco começa a aplicar a taxa sobre o valor residual – ou total se não foi paga – até o dia da quitação da fatura. De acordo com levantamento do BC, a média cobrada de juros rotativos está em 417,4% ao ano.
Segundo o presidente da Febraban, Isaac Sidney, este é o momento para discutir propostas com o objetivo de reduzir a taxa de juros do cartão de crédito rotativo.
“É importante que a gente ataque não só as causas do spread bancário elevado, mas compreenda as causas do custo de crédito elevado”, complementou. O presidente também disse que vai criar um grupo de trabalho para viabilizar soluções.
Sidney também disse que uma das sugestões a serem apresentadas será um novo marco legal de garantias –o projeto já tramita no Congresso Nacional. “Se o país tiver um marco legal de garantia, damos um passo importante para começar a reduzir os juros”, apontou.
Na reunião estavam presentes, além do presidente da Febraban, Isaac Sidney, e o presidente da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF), ex-deputado federal Rodrigo Maia. Também estavam presentes os presidentes de quatro bancos: Mario Leão (Santander Brasil); Milton Maluhy (Itaú-Unibanco); Octavio de Lazari (Bradesco); e Cristina Junqueira (Nubank).
Fonte: CNN
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