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Brics prepara levantamento de sistemas em uso para facilitar pagamentos entre países

Bloco busca caminhos para impulsionar comércio e investimentos no longo prazo

postado Luany Araújo
A imagem mostra uma reunião do BRICS, com várias pessoas sentadas ao redor de uma mesa em formato de U. No fundo, há uma parede decorada com o logotipo do BRICS e a frase 'Cooperating for an inclusive and sustainable world'. A mesa está decorada com flores e há equipamentos de áudio visíveis. Os participantes parecem estar discutindo e prestando atenção uns aos outros. Reunião de negociadores do Brics no Rio de Janeiro - Wang Tiancong - 1º.mai.25/Xinhua

Sob a presidência brasileira, o Brics prepara um levantamento dos sistemas de pagamentos já em uso pelos membros do bloco para explorar soluções que facilitem operações financeiras internacionais e impulsionem comércio e investimentos entre os países.

A partir desse “inventário” de mecanismos de transações financeiras, o bloco poderá fazer novos estudos e aprofundar o debate para o desenvolvimento de um projeto de longo prazo.

Segundo um interlocutor que está a par das discussões, a maioria dos integrantes do Brics prefere usar o seu próprio sistema de pagamentos e trabalhar em uma integração com mecanismos dos outros países em vez de desenvolver um novo sistema alternativo ou criar uma moeda comum visando blindar investimentos de flutuações do câmbio.

Como mostrou a Folha, o Brics evitará compromissos com sistemas de pagamento alternativos na declaração da cúpula do bloco, prevista para os dias 6 e 7 de julho no Rio de Janeiro, apesar da insistência da ex-presidente Dilma Rousseff e do governo da Rússia.

Além do Brasil, são membros plenos do Brics Rússia, Índia, ChinaÁfrica do Sul, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã. A Arábia Saudita, convidada em 2023, nunca oficializou seu ingresso, mas tem escalado representantes para as reuniões.

Ao apresentar as prioridades da presidência brasileira, em fevereiro, o embaixador e sherpa (negociador principal) Maurício Lyrio descartou a criação de uma moeda comum do Brics, reforçando que o objetivo do grupo é reduzir custos das operações comerciais e financeiras, com ênfase no uso de moedas locais, e ampliar a cooperação entre os países.

 

Fonte: Folha de SP

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