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Lucro do Bradesco cresce para R$ 4,7 bilhões no 2º tri

postado Assessoria Igor

Nesta segunda-feira (5), o Bradesco reportou um lucro líquido recorrente R$ 4,7 bilhões no segundo trimestre deste ano, 7% acima do previsto por analistas consultados pela Bloomberg. O resultado é 4,4% maior do que o reportado no mesmo período do ano anterior e 12% acima dos três primeiros meses de 2024.

O aumento no lucro foi promovido, em grande parte, pela redução da provisão para devedores duvidosos (PDD) de 6,7% na base trimestral e 29,3%, na anual, para R$ 7,3 bilhões.

Outro ponto forte do grupo financeiro foi o lucro de R$ 2,2 bilhões da Bradesco Seguros, alta trimestral de 12,7% e anual de 7,4%.

O ROAE (retorno sobre o patrimônio líquido), que meda a lucratividade do banco, teve leve alta para 10,8%, um ganho trimestral e anual de 0,6 e 0,1 pontos percentuais, respectivamente.

A margem financeira, por sua vez, foi um dos poucos indicadores que teve queda anual. Ela recuou 5,9%, a R$ 15,6 bilhões. Porém, na comparação com o início de 2024, houve ganho de 2,8%, depois de cair por seis trimestres seguidos.

Segundo o banco, essa recuperação se deve tanto ao aumento da carteira quanto à mudança de mix, com ganho de participação de segmentos e produtos com maior spread.

“Aprimoramos modelos e processos, melhoramos a eficiência e, assim, nos sentimos seguros para ir mais rápido no crédito. Essa aceleração da originação vai resultar em aumento da margem líquida nos próximos trimestres”, disse Marcelo Noronha, presidente do banco, em comunicado.

A carteira de crédito expandida do banco cresceu 2,5% em relação ao trimestre passado e 5% em relação ao mesmo período de 2023, para R$ 912,1 bilhões. A recuperação foi puxada, principalmente, por micro, pequena e média empresas e pessoas físicas.

Mesmo com o aumento na concessão, a inadimplência da carteira de crédito, considerando atrasos superiores a 90 dias, caiu em todos os segmentos, totalizando 4,3%. O número é 0,5 ponto percentual menor que no primeiro trimestre deste ano e 1,4 ponto percentual abaixo do registrado no mesmo período do ano passado.

Para Noronha, isso mostra um avanço seguro do banco. “É emblemático que expandimos a carteira de crédito e reduzimos a inadimplência ao mesmo tempo”.

Já as receitas de prestação de serviços atingiram R$ 9,3 bilhões no trimestre, alta trimestral de 5,1% e anual de 6,4%.

“Estamos atuando nos modelos nos quais temos controle, minimizando a dependência a fatores externos, como a conjuntura econômica”, disse Noronha.

No balanço, o banco cita uma influência negativa da piora no cenário macroeconômico, com alta do dólar e dos juros futuros.

Fonte: Folha de S. Paulo

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