O Santander Brasil lucrou R$ 3 bilhões no primeiro trimestre deste ano, informou o banco nesta terça-feira (30). O número é 41,2% maior que no mesmo período de 2023 e 37,1% em relação ao quarto trimestre do ano passado.
O retorno sobre o patrimônio líquido (ROAE), indicador que mede a rentabilidade da operação, também melhorou. Foi para 14,1%, ante 12,3% ao fim do ano passado e 10,6% no primeiro trimestre de 2023.
Os resultados refletem um aumento nos empréstimos. A carteira de crédito ampliada foi para R$ 654 bilhões ao fim de março, alta de 1,7% ante dezembro de 2023 e de 8,1% na comparação com o mesmo período do ano passado, com destaque para o crescimento do consignado (34% na comparação anual), do crédito ao consumo (11%) e do agronegócio (39%).
Já o custo do crédito caiu 0,2 ponto percentual e 0,8 ponto percentual, nos mesmos períodos, para atuais 3,8%. No primeiro trimestre de 2024, a PDD (provisão para devedores duvidosos) somou R$ 6,765 bilhões, queda de 11,6% em relação ao quarto trimestre de 2023 e de 12,1% em relação a período semelhante.
O índica de inadimplência do banco (atrasos acima de 90 dias), por sua vez, piorou. Foi de 3,1% ao fim de 2023 para 3,2%. Em pessoas físicas, ele segue em 4,3%, mas, nas jurídicas, aumentou de 1,4% para 1,5%.
Em meio à queda de rentabilidade desde a pandemia, o Santander Brasil reposicionou sua marca para atrair a baixa renda. O clássico slogan “O que a gente pode fazer por você hoje?” deu lugar ao “Começa Agora” para atrair novos clientes e aumentar a principalidade (ser o principal banco utilizado) entre quem já é correntista.
Para isso, o banco zerou a anuidade de seus cartões a partir da última segunda (29), sem necessidade de um valor mínimo gasto mensal, como era antes.
O banco ainda se recupera da forte concessão de crédito durante a pandemia. Em 2023, como um todo, o lucro somou R$ 9,383 bilhões e o ROE ficou em 11,8%, abaixo dos 16,3% registrados em 2022.
Após trocar a presidência em 2022, com Mario Leão como CEO, o Santander agora busca tornar a sua operação para o varejo massificado rentável.
Fonte: Folha de S. Paulo
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