Para garantir condições básicas, uma família de dois adultos e duas crianças deveria ter um salário equivalente a mais de R$ 5.657,66, mostrou a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, divulgada hoje pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). O valor é 5,14 vezes menor que o piso nacional vigente, de R$ 1.100,00.
O valor da estimativa da Dieese é superior à pesquisa de agosto, que sugeria R$ 5.583,90 como salário mínimo ideal para o Brasil.
A alta no valor, segundo o Dieese, foi consequência do aumento no custo médio da cesta básica em 11 cidades — houve redução em seis das 17 capitais pesquisadas.
As maiores altas foram registradas em Brasília (3,88%), Campo Grande (3,53%), São Paulo (3,53%) e Belo Horizonte (3,49%), sendo que as quedas mais intensas ocorreram em João Pessoa (-2,91%) e Natal (-2,90%).
A estimativa sobre o salário mínimo ideal leva em conta a cesta básica mais cara do Brasil, que em setembro foi verificada em São Paulo, com R$ 673,45. Na sequência da lista aparecem Porto Alegre (R$ 672,39), Florianópolis (R$ 662,85) e Rio de Janeiro (R$ 643,06), com Salvador (R$ 478,86) apresentando o menor valor.
Na comparação com setembro de 2020, todas as 17 capitais pesquisadas apresentam alta nos preços, com destaque para Brasília (38,56%), Campo Grande (28,01%), Porto Alegre (21,62%) e São Paulo (19,54%).
Ainda segundo a pesquisa, o tempo médio necessário para a aquisição dos produtos da cesta, em setembro, ficou em 115 horas e 02 minutos, maior do que em agosto, quando foi de 113 horas e 49 minutos.
Fonte: UOL
Diretoria Executiva da CONTEC