Nos dias 29 e 30 de junho, 600 líderes sindicais da UNI Global Union’s Americas Region, representando 24 países e 124 organizações sindicais, se reunirão em Fortaleza, Brasil, com um objetivo claro: construir uma agenda ousada, inserida na atual transição política da América Latina , que canaliza o poder dos trabalhadores para fortalecer a democracia, ampliar os direitos humanos e consolidar a justiça social, ambiental e econômica.
Marcio Monzane, Secretário Regional da UNI Américas, disse: “Em nossa região, não há mais espaço para democracias sem respeito aos direitos dos trabalhadores, empregos precários, desigualdade e discriminação. Com a recente ascensão de governos progressistas, os sindicatos devem ter um papel ativo, serem ouvidos e ter maior espaço de participação na sociedade.”
Hecto Dáer, presidente da UNI Américas, disse: “Não há democracias robustas sem sindicatos poderosos, que assumam solidamente a defesa dos direitos dos trabalhadores. O movimento sindical em nossa região sempre esteve na vanguarda da defesa e fortalecimento da democracia e da paz, inspirando novos direitos para incluir diferentes coletivos”.
Fundo:
A região das Américas – e o mundo em geral – entrou em um momento desafiador devido aos impactos da pandemia, crises no trabalho, aumento da desigualdade e efeitos da guerra nos preços e na produção de alimentos. Os trabalhadores têm sido profundamente afetados por novas tecnologias, plataformas, reformas trabalhistas e teletrabalho, resultando em uma crescente precarização trabalhista e na necessidade de defender direitos e estabelecer novas normas.
O cenário político nas Américas está em transição, com a ascensão dos movimentos sociais e o retorno de governos progressistas no México, Chile, Argentina, Honduras, Peru, Bolívia, Colômbia e possivelmente no Brasil, enquanto a luta contra movimentos e políticas de extrema-direita , muitos dos quais podem ser descritos como fascistas, está se fortalecendo.
Os sindicatos têm desempenhado um papel importante nessa transição, e os trabalhadores têm uma oportunidade histórica de aumentar seu poder e influência.
Na mesa redonda para estruturar a conferência, a UNI Américas abordará importantes conquistas e propostas futuras nas seguintes áreas:
- A defesa dos direitos humanos e o fortalecimento da democracia, para garantir a participação de todos os atores sociais, incluindo os trabalhadores e seus representantes sindicais.
- A organização dos trabalhadores, incluindo novos setores, no trabalho e fora dele; o fortalecimento da negociação coletiva e a construção da unidade nos níveis nacional e internacional.
- Construir alianças com governos progressistas para levantar a voz dos trabalhadores e incluir os interesses dos trabalhadores nos processos de mudança. Por exemplo, isso inclui a redução da pobreza e da desigualdade e o combate ao racismo e outras formas de discriminação.
A UNI Américas está sediada em Montevidéu, Uruguai; é o braço regional da UNI Global Union, com sede na Suíça, que representa 20 milhões de trabalhadores em todo o mundo nos setores de finanças, mídia e entretenimento, esportes, cuidados, limpeza, segurança, comércio, cassinos, correios, impressão e embalagem e telecomunicações.
Fonte: Uni Américas
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