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5G e Internet das Coisas são cruciais nas agendas ESG das empresas, aponta pesquisa

postado Assessoria Igor

Ferramentas de tecnologia se mostraram essenciais para as empresas durante a pandemia. Agora, elas estão ganhando espaço na agenda ESG (sigla em inglês para a sustentabilidade ambiental, social e de governança corporativa).

Cinquenta e quatro porcento das empresas acreditam que as tecnologias emergentes são impulsionadores positivos da sustentabilidade nas companhias, segundo o estudo Reimagining Industry Futures Study 2023, idealizado pela consultoria EY com a participação de empresas do mundo todo, incluindo Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha e China.

Dentre as tecnologias citadas, a Internet das Coisas (IoT) e o 5G, que se refere à quinta geração de redes móveis e de banda larga, são as que mais se destacam entre os empresários, consideradas cruciais para o desenvolvimento da agenda ESG nas empresas.

Para o sócio e líder de consultoria de tecnologia da EY para América Latina, José Ronaldo Rocha, o estudo é a representação de um cenário que as empresas já conhecem muito bem. “Tecnologias emergentes podem, de fato, gerar valor agregado para as empresas e não só eventuais benefícios”, diz.

Em um contexto brasileiro, a percepção de que as tecnologias aceleram a progressão das empresas para uma agenda ESG cresce ainda mais, demonstrando que, na percepção dos empresários, há uma relação intrínseca entre sustentabilidade e as novas tecnologias.

Segundo o estudo, 98% dos entrevistados afirmam que a pauta é o principal ‘norteador’ das empresas na hora de traçar um plano de negócios. Além disso, o levantamento também aponta que os investimentos em 5G são os mais propensos a englobar pautas atreladas ao ESG para 73% das empresas nacionais.

O levantamento da EY ainda aponta que 75% dos empresários consultados acreditam que as tecnologias emergentes já impulsionam hoje a agenda ESG no Brasil. Segundo Rocha, os principais benefícios para as empresas do uso de tecnologias emergentes, considerando a transparência e proteção de dados do 5G, são:

  • Redução de custos;
  • Otimização da produção;
  • Cadeia produtiva mais controlada e eficaz;
  • Monitoramento de materiais tóxicos e descarte.

Para o representante da EY para América Latina, embora hajam inúmeros benefícios, o maior trunfo do 5G na agenda ESG é a possibilidade de mensurar as ações das empresas. “Hoje, as empresas falam muito sobre ESG, há todo um discurso. Com as tecnologias, é possível mostrar, de fato, o que está sendo feito”.

Rocha ainda defende que a cadeia produtiva é a maior beneficiada, considerando que as empresas conseguem até mesmo se blindar de ameaças externas. “Uma empresa pode seguir o ESG, mas se relacionar com empresas que não seguem. Com a tecnologia, você consegue saber da onde está comprando, como está comprando, como foi produzido.”

Para o especialista, quando o 5G ganhar uma escala maior em todo o Brasil, os avanços que a tecnologia pode proporcionar serão ainda mais perceptíveis, considerando que ela permite uma velocidade maior para a transmissão de informações e dados, assim como uma segurança maior.

Qual o diferencial do 5G na agenda ESG?

O gerente sênior de Business Lab da EngineeringAlexandre de Almeida, destaca que, para o próprio usuário final, a diferença do 5G para o 4G já é gigantesca. Para as empresas, a tecnologia abre um “leque de oportunidades” ainda maior, principalmente na agenda ESG.

“É a nova tecnologia de comunicação, que permite um tráfego muito maior de informações. O 5G hoje tem uma capacidade de hospedar conexões ao mesmo tempo. Além disso, as tecnologias anteriores beneficiam a pessoa comum. No 5G, o protagonista deixa de ser as operadoras, beneficiando outras indústrias”, afirma Almeida.

O maior trunfo dessa união é que o 5G tende a gerar muitos dados, permitindo que as empresas mensurem as ações feitas em prol de uma agenda ESG, algo que hoje ainda é difícil, segundo os especialistas ouvidos pelo Estadão.

“A combinação destas duas áreas permite a análise e controle em tempo real em qualquer área. Tendo como base dados, as empresas conseguem tomar decisões mais sustentáveis e lastreadas em fatos”, explica o gerente da Engineering, destacando que a métrica pode ser usada para os três pilares do ESG.

Na área ambiental, por exemplo, a tecnologia facilita a diminuição dos resíduos sólidos e a criação de planos de estratégia para reciclagem e descarte. “É possível colocar sensores que permitem a manutenção das florestas em tempo real”, afirma.

O especialista explica ainda que é possível usar sensores para medir a acidez da água consumida pela vaca e a temperatura do animal, que impactam o leite e a carne que serão vendidos.

Na agricultura, podem ser usados sensores de monitoramento em plantações, diminuindo a utilização de fertilizantes químicos e beneficiando o meio ambiente. No saneamento, podem ser também criada uma solução de monitoramento, impedindo que os vazamentos sejam descobertos somente dias depois, evitando o desperdício e protegendo o meio ambiente.

Fonte: Estadão

www.contec.org.br

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