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BRB prepara nova oferta de ações de até R$ 2 bilhões para primeiro semestre de 2024

postado Assessoria Igor

O Banco de Brasília (BRB) espera realizar sua oferta subsequente de ações (follow on) no primeiro semestre do ano que vem, cerca de dois anos e meio após desistir da tentativa anterior diante da piora das condições do mercado de capitais. A expectativa é de movimentar entre R$ 1 bilhão e R$ 2 bilhões, em uma oferta que tem dois objetivos: captar recursos para dar suporte ao crescimento acelerado do banco e aumentar a liquidez dos papéis. Controlado pelo governo do Distrito Federal, o BRB é avaliado em R$ 5 bilhões na Bolsa, e deve concluir em novembro o processo de seleção do consórcio de bancos que vai assessorar a oferta.

O presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, afirma que o principal objetivo é alavancar o crescimento da instituição. Na gestão dele, o banco “cresceu e apareceu” fora de Brasília, graças a uma agenda de diversificação da carteira de negócios e da base. Até 2018, o BRB tinha a carteira concentrada no crédito consignado a servidores públicos do DF. Em cinco anos, tanto o perfil da carteira quanto a presença no País mudaram.

Em junho deste ano, o banco tinha presença física em 11 Estados e no DF, e a carteira de crédito chegou a R$ 33,2 bilhões, crescimento de 30,5% em um ano. Costa diz que ao assumir, a atual gestão entendeu que não havia espaço no mercado para bancos concentrados, tanto do ponto de vista geográfico quanto de negócios.

A expansão também veio acompanhada de reestruturações e acordos comerciais. O mais célebre é com o Flamengo: o BRB começou a patrocinar o clube em 2020, e criou um banco digital voltado aos torcedores do clube, o Nação BRBFla, que chegou a 3,5 milhões de contas em junho deste ano, e que tem clientes em 93% das cidades brasileiras.

Se concluída, a oferta será, na prática, um re-IPO, ou seja, uma reestreia do banco na B3. Cerca de 11,6% das ações do BRB estão na Bolsa, mas a maior parte dessa parcela pertence à associação de funcionários da instituição. Os demais acionistas ficam com 2,05% do capital. O governo do Distrito Federal é o controlador, com 71,9% dos papéis.

Costa diz que a visão do governo, do conselho e da diretoria do banco é de que trazer mais investidores privados fortalecerá a governança, a liquidez dos papéis e o acompanhamento do BRB pelo mercado. “O interesse é que o pacote entre o governo do Distrito Federal e o Instituto de Previdência dos Servidores do DF [outro acionista relevante] tenha um pouco mais do que o controle. O tamanho da oferta é que vai determinar a diluição.”

O BRB lançou a oferta em setembro de 2021, mas teve de postergá-la com a piora do mercado de capitais, assim como outras empresas. À época, o banco não divulgou qual seria o tamanho da distribuição, nem a faixa de preço esperada para os papéis.

Fonte: Estadão

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