A movimentação ocorreu de forma conjunta entre o Sindicato dos Vigilantes – SINDSEGUR, Sindicato dos Caminhoneiros do RN – e do próprio Sindicato dos Bancários, contando com representantes sindicais, população e perfis de comunicação da região que cobriram todo o evento.
Em suas falas à população, os dirigentes sindicais destacaram que mesmo com lucro crescente de R$ 4,7 bilhões no 2º trimestre do ano, perfazendo o lucro líquido recorrente de R$ 8,927 bilhões no primeiro semestre deste ano – uma alta de 1,5% em relação ao mesmo período de 2023 – o banco segue demitindo funcionários e fechando agências.
Demissões e fechamento de agências
Nos últimos doze meses, foram encerradas 277 agências e 78 transformadas em unidades de negócio, totalizando, 2.510 agências e 809 unidades de negócios. No trimestre, foram encerradas 194 agências e 7 foram transformadas em unidades de negócios.
Ao final de junho de 2024, a holding contava com 84.711 empregados, com queda de 573 postos de trabalho em doze meses e de 923 postos comparado com o trimestre imediatamente anterior.
O total de clientes do banco cresceu em 0,9 milhão no semestre, totalizando 72,9 milhões de clientes.
“Alguns tentam atribuir o crescimento do banco ao fechamento de agências e/ou demissões de funcionários, mas o fato é que as agências daqui da Região Oeste e de boa parte do Brasil são lucrativas, mesmo assim o banco segue fechando”, protesta Assis Neto, coordenador-geral deste Sindicato dos Bancários.
Assis Neto atesta ainda que a nova política de reestruturação do banco, implementada pelo atual CEO, Marcelo Noronha, é nefasta para funcionários e população de cidades menores, mesmo que não haja prejuízo em muitas delas.
“Quando fecham agências, os bancos deixam de fora do serviço bancário grande parte da população e ainda afetam o comércio local, sobretudo nas cidades menores, onde os bancos possuem menor presença”, ressalta Anchieta Medeiros, coordenador financeiro e funcionário do Sindicato.
Eis a surpresa
Em sua visita de trabalho, os dirigentes sindicais ainda foram surpreendidos com a agência do Banco do Brasil da cidade com suas portas fechadas, sem expediente.
Em comunicado colado na porta, o banco informa que a interrupção do atendimento se deu desde o dia 14 deste mês e não deu previsão de quando irá retornar as suas atividades normais.
Segundo informações, colhidas pelo Sindicato, de populares e alguns funcionários, a agência será submetida a uma reforma sem data prevista para ficar pronta.
Sindicato conclamou autoridades para a luta
O Sindicato dos Bancários, através de seus diretores, a fim de evitar um mal maior à população de Caraúbas, conclamou o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas da cidade, Cassiano Gurgel, que rapidamente reuniu o presidente da Câmara de Vereadores, Hamilton Bicudo, o venerável da Loja Maçônica, José Wilker, e o representante enviado pela Prefeitura, Gilson Monteiro, para se mobilizarem no sentido de reivindicar ao Bradesco a sua permanência na cidade.
O coordenador-geral, Assis Neto, sugeriu a elaboração de um documento a ser enviado para a direção do banco, subscrito por todos os órgãos civis e governamentais envolvidos, solicitando a permanência do banco em Caraúbas.
Todos concordaram e o documento está sendo elaborado pelo coordenador de cultura e educação sindical, Diógenes Neto, para ser apresentado às autoridades que deverão aprová-lo e enviá-lo à direção nacional do Bradesco.
Quanto ao Banco do Brasil, o Sindicato pedirá explicação e previsão de reabertura, ou solução imediata para o caso, ao superintendente regional que comanda aquela área do estado.
Discussão durante Campanha Salarial
Em tempo, por ironia do destino, o fim do fechamento de agências e a contratação de mais bancários estão entre as principais reivindicações da Campanha Salarial dos Bancários em 2024.
As discussões prosseguem e alguns bancos continuam demitindo e/ou fechando agências.
Fechamento de agências na Região
Apodi, Caraúbas e o Posto de Atendimento do Bradesco de Areia Branca estão entre algumas escolhidas para encerrarem suas atividades na Região Oeste do RN.
O Sindicato dos Bancários de Mossoró e Região permanece na luta, realizando protestos e mantendo contatos com instituições da sociedade civil e governamentais para tentar reverter o quadro, mesmo reconhecendo as dificuldades e
Fonte: Seeb – Mossoró
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