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Saque-aniversário do FGTS é utilizado para quitar contas em atraso, diz Datafolha

postado Assessoria

Nove em dez dos trabalhadores com conta no FGTS querem que o saque-aniversário continue em vigor como opção aos empréstimos bancários para quitarem contas em atraso.

É o que mostra uma pesquisa do Datafolha, encomendada pela ABBC (Associação Brasileira de Bancos), Abranet (Associação Brasileira de Internet e da Zetta (empresas de tecnologia que oferecem serviços financeiros).

O Datafolha ouviu 1.005 pessoas entre os dias 27 de março e 11 de abril. O público-alvo foi a população com conta ativa ou inativa no FGTS, com mais de 16 anos, de todas as classes econômicas das cinco regiões do país.

A pesquisa mostrou que 73% dos entrevistados utilizam os recursos do saque para quitar contas em atraso. Em seguida, estão as despesas do dia a dia (66%), pagamento de despesas médicas (63%) e compra de alimentos (62%).

O destino para os recursos varia conforme e renda. Nas classes D e E, o dinheiro vai para despesas médicas, contas da casa e alimentação. Nas faixas A e B, as prioridades são o pagamento de contas atrasadas, aplicação em investimentos financeiros e investimentos no próprio negócio.

A maior parte dos optantes pelo saque-aniversário é de mulheres, moradores de cidades do interior e pessoas da classe C.

O resultado chega no momento em que o governo cogita acabar com o benefício como forma de conter os saques do FGTS. Existe a preocupação que, em 2025, isso possa afetar os financiamentos imobiliários, especialmente do Minha Casa Minha Vida.

Como noticiou o Painel S.A., a medida, aprovada pelo governo Jair Bolsonaro no Congresso Nacional, já destinou mais de R$ 100 bilhões para bancos como garantia de empréstimos.

A pesquisa mostra que a esmagadora maioria (93%) quer liberdade para utilizar o saldo de sua conta no FGTS como bem entender. Para 86%, pegar o dinheiro do saque é uma segurança para emergências financeiras e 79% concordam que o empréstimo de antecipação do FGTS não compromete a renda mensal.

A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais, para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%.

Fonte: Folha de S. Paulo

www.contec.org.br

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