Início » Inflação derruba o real e faz nota de R$ 100 valer apenas R$ 13

Inflação derruba o real e faz nota de R$ 100 valer apenas R$ 13

postado Assessoria Igor

Em julho de 1994, quando o salário mínimo era de R$ 64,79, com apenas uma nota de R$ 100 se pagava uma pessoa e ainda sobrava troco. Hoje, a cédula vale somente R$ 13,43, quantia essa que em muitas regiões brasileiras não dá para comprar dois itens essenciais da cesta básica.

Basicamente, em julho de 1994 era necessário somente uma nota de R$ 100 para realizar o pagamento de um empregado. Atualmente, são necessárias 12 cédulas no valor de R$ 100 e mais R$ 12 para fechar a conta.

O matemático financeiro José Dutra Vieira Sobrinho, que realizou um cálculo exclusivo para uma coluna do R7, pode apontar que a inflação entre 1° de julho de 1994 e 1° de maio deste ano foi de 644,55%.  Para o consumidor que quer adquirir a mesma quantidade de serviços e mercadorias que com R$ 100 era possível comprar em 1994, é necessário desembolsar R$ 744,55.

Apesar da desvalorização, Sobrinho lembra, ainda em entrevista ao R7, que a percepção de valor do real se mantém. Ele explica que embora a nota de R$ 100 tenha perdido 86% do seu poder de compra, em muitos locais “as pessoas ainda não conseguem trocar essa nota, por ser considerada de valor alto. E a nota de R$ 200, lançada em setembro de 2020, quase nem é vista em circulação”.

Além disso, outro ponto que deve ser lembrado é que, enquanto o real perdeu mais de 86% do poder aquisitivo, no período de apenas 1 ano, na época da hiperinflação o país perdeu muito mais que isso.

Diretor do BC diz: “salário vai voltar a ter aumento real quando inflação cair”

De acordo com o diretor de Política Monetária do Banco Central, Bruno Serra, o Brasil teve um choque de salário real para baixo, o que permitiu contratações, mas a economia vai passar a observar crescimentos reais de remunerações quando a inflação começar a diminuir.

Em videoconferência, Serra afirmou que a capacidade das pessoas conseguirem aumento real nos dias de hoje parece equivalente ao visto na recessão de 2015 e 2016. O diretor ressaltou que, do ponto de vista dele, o mercado de trabalho não está apertado.

Fonte: SeuCréditoDigital

www.contec.org.br

Deixe um Comentário

Notícias Relacionadas