O lucro líquido do setor de operadoras de planos de saúde foi de R$ 5,1 bilhões no primeiro semestre deste ano, uma variação de 255% com relação ao mesmo período do ano passado.
Os dados divulgados pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) revelam o melhor desempenho econômico-financeiro para este período desde 2020 —ano marcado pela pandemia de Covid-19, em que o lucro do setor superou R$ 11 bilhões em decorrência da suspensão de atendimentos eletivos.
Além dos R$ 5,1 bilhões de lucro líquido dos planos de saúde, foi registrado lucro de R$ 338 milhões dentre as operadoras de planos odontológicos e R$ 106,8 milhões das administradoras de benefícios.
O lucro operacional das modalidades que apresentam relação direta com operações de assistência à saúde —excluindo os setores de odontologia de grupo, autogestão e administradora de benefícios— corresponde a R$ 2,4 bilhões.
O valor reverte um prejuízo de R$ 4,3 bilhões que havia sido registrado no mesmo período do ano passado. Os dados também representaram o retorno dos resultados positivos para a modalidade médico-hospitalar, principal segmento do setor, que não havia alcançado um saldo positivo na diferença entre receitas e despesas desde 2021.
A recuperação se deu também em todos os outros campos do setor, com exceção da modalidade de autogestões, que contou com um prejuízo operacional de R$ 1,1 bilhão, valor semelhante ao saldo negativo do ano passado.
Entre os diferentes motivos que explicam a recuperação das operadoras médico-hospitalares está a remuneração de aplicações financeiras realizadas.
Em comunicado oficial, o diretor de Normas e Habilitação das Operadoras da ANS, Jorge Aquino, avalia que o resultado operacional é o principal responsável pela melhora do resultado líquido das operadoras. “Vale destacar que temos os melhores números desde 2021”, diz.
OPERADORAS
As operadoras de grande porte foram as responsáveis pelo maior desempenho, com R$ 5 bilhões de lucro líquido a mais que no mesmo período do ano passado. Nas de pequeno porte, o aumento do lucro foi de R$ 66,7 milhões.
As operadoras de médio porte contaram com uma redução do lucro líquido em R$ 1,4 bilhão em comparação ao mesmo período em 2023, mas a queda foi atribuída a uma operadora específica. Quando a sua presença é desconsiderada no cálculo, é possível observar um crescimento de R$ 397,5 milhões.
Fonte: Folha de S. Paulo
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