A Meta, gigante das redes sociais, deixou o mundo em alerta ao anunciar mudanças em suas práticas de moderação de conteúdo, incluindo o fim do programa de checagem de fatos.
Mark Zuckerberg, dono do Facebook, Instagram e WhatsApp, afirmou que o fim do programa de fact-checking, criada há oito anos, será apenas nos Estados Unidos. Mesmo assim a notícia preocupou os brasileiros e até os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que minimizaram os possíveis impactos no Brasil.
“Para os magistrados ouvidos de forma reservada pelo O Globo, o recente embate com Elon Musk, dono do X, impôs novas barreiras para a circulação de desinformação e pode ter inibido a Meta de implementar mudanças no Brasil que possam aumentar as fake news”.
Na publicação ainda consta que os ministros também rechaçaram a declaração de Zuckerberg, CEO da Meta, de que “países latino-americanos têm tribunais secretos”. Eles afirmaram ao veículo que as decisões são tomadas com transparência e seguem os ritos processuais.
Para o presidente da Contec, Lourenço Prado, o anúncio, de fato, inspira preocupação. “Temos que olhar com atenção para esse anúncio, pois isso reflete diretamente no mundo todo. Logo a checagem também acabará em outros países. A questão da disseminação das fake news é muito preocupante. Inclusive no meio sindical”, enfatizou Prado.
Marco Civil da Internet em debate
O Supremo Tribunal Federal, desde 2024, analisa uma ação que propõe mudanças no Marco Civil da Internet, para responsabilizar as big techs pelos conteúdos publicados por terceiros. A análise do tema foi interrompida no final do ano, mas deve ser retomada no primeiro semestre de 2025.
Texto por Leidiane Silveira com informações de O Globo
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